Ele vai surpreender você!
Boiadeiro por excelência, o Australian se expande no País. Saiba como ele foi desenvolvido, de que forma desempenha sua função de origem, em que outras atividades é usado e por que é impossível não admirá-lo
A vertiginosa ascensão desta raça no Brasil impressiona. Crescer tanto em tão pouco tempo, se não é um feito inédito na cinofilia nacional, é certamente pra lá de incomum. De 1996, data em que a criação oficial do Australian Cattle Dog teve início no País, até 2004, último ano com dados disponíveis, seu número anual de nascimentos registrados subiu 6,3 mil por cento. De modestos sete exemplares contabilizados em 1996, a raça saltou para 438 no ano passado. Essa cifra posicionou o Australian em 36º lugar no ranking de filhotes nascidos de todas as raças, mantendo-o à frente de figuras caninas bem conhecidas, como o Collie, o Dálmata, o Husky e o Pinscher.
O fato é que esse cão australiano especializado na lida do gado se populariza a passos largos em território verde-amarelo. Mas você já esteve diante de um deles? Pode parecer estranho, porém a grande maioria dos brasileiros jamais viu um Australian pessoalmente. Sobretudo para a população que vive em áreas urbanas, ele permanece como ilustre desconhecido. O paradeiro da quase totalidade das centenas de exemplares registrados todos os anos no Brasil são as regiões rurais, em especial as dedicadas à pecuária. Nelas o Australian vem conquistando fazendeiros e peões na prática de sua especialidade e de tarefas similares: respectivamente, a condução da boiada e o apoio em certas modalidades dos rodeios. “Mais de 90% da criação brasileira de gado de corte tem cães para auxiliar no trabalho, e o Australian não só é cada vez mais usado para isso no País como se tornou o cão do desejo dos pecuaristas”, comenta Régis Pio Monteiro da Silva, de São Paulo, criador da raça, de gado e veterinário de eqüinos. A popularidade do Australian no universo dos rodeios também é alta e ascendente. “No Norte, todo o pessoal de rodeio já o conhece, e um número crescente de pessoas o adota como cão de apoio em esportes eqüestres, como o laço de bezerro”, conta a criadora e adestradora Aike Schmitz Neumann, de Ariquemes, Rondônia. O mesmo acontece em outras regiões do Brasil: os dados da Confederação Brasileira de Cinofilia indicam que a raça está sendo criada nos quatro cantos do País, com destaque especial para o Sudeste, em 2004 responsável por quase 80% dos Australians registrados em território nacional. “Há muitos exemplares trabalhando no campo e nos rodeios por todo o interior paulista”, atesta Maria Leônia Oliveira, ex-criadora de cavalos e dona de dois Australians.
Fonte: PETBRAZIL
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